Procuradoria Geral da República pede condenação da deputada Carla Zambeli

Da Revista Forum

Além de ter sido cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (-SP) e condenada à inelegibilidade por 8 anos, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ser presa.

A -Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (31), a condenação de Zambelli e do hacker Walter Delgatti pelos crimes de invasão de sistema informático e falsidade ideológica. Os dois são réus por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), onde foi inserido um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, assinado como se tivesse sido emitido pelo óprio magistrado.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também solicitou ao STF que seja aplicada uma agravante do Código Penal que aumenta a pena caso a invasão tenha causado prejuízo econômico. Segundo ele, a atuação de Zambelli teve o objetivo de desacreditar o Judiciário para obter vantagens políticas.

A PGR apresentou elementos que indicam a participação ativa da deputada na elaboração e circulação dos documentos falsificados. Durante buscas, foram encontrados arquivos nos dispositivos de Zambelli idênticos aos localizados no computador de Delgatti, incluindo a ordem de quebra de sigilo bancário falsa de Moraes e o mandado de prisão fraudulento.

Um dos arquivos foi acessado por Zambelli apenas 22 segundos após sua criação por Delgatti, o que, segundo a PGR, demonstra um repasse imediato do documento. Em outro caso, um arquivo com uma decisão fraudulenta determinando o bloqueio de R$ 22,9 milhões de Moraes foi acessado por ela 18 horas depois da criação.

Zambelli nega envolvimento no caso. Walter Delgatti, entretanto, confessou, em depoimento à PF, que foi contratado por Zambelli para invadir o sistema do CNJ

Relembre o caso 

Em maio de 2024, primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e tornar réus a deputada federal (PL-SP) e Walter Delgatti Neto, o “Hacker de Araraquara”, pela invasão dos sistemas digitais do Conselho Nacional de (CNJ). A dupla vai responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

A PGR já tinha oferecido a denúncia em abril daquele ano, apoiada pela investigação da Federal. Na denúncia, Delgatti é apontado como o executor das invasões de sistemas digitais e inserções de documentos falsos. Ele afirmou em depoimento ter sido contratado por Zambelli, que é tratada como a mentora e mandante do delito.

Em 4 de janeiro de 2023, Delgatti teria entrado no sistema do CNJ a mando de Zambelli para inserir documentos e informações falsas. Entre as últimas revelações do episódio, foi inserido um alvará de soltura falsificado de Sandro Louco, líder do Comando Vermelho condenado a 200 anos de prisão pelos crimes de , roubo, homicídio, latrocínio, sequestro e cárcere privado e porte de de fogo.

A ideia seria colocar a soltura do criminoso na conta do ministro Alexandre de Moraes, principal alvo dos e deus planos golpistas no Judiciário. Além disso, Zambelli tinha a intenção de adicionar ao sistema um mandado de prisão falso contra Moraes, com uma assinatura falsificada no nome do magistrado.

O mandado de prisão foi enviado do computador de Delgatti para Zambelli, que abriu o documento. Ambos também trocaram outro arquivo, que teria uma outra falsa ordem de quebra sigilo bancário contra Moraes, segundo a PGR. Eles agora respondem pelos crimes.

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Uma resposta

  1. No esforço de consumar o golpe contra a democracia, a bolsonarista se associou a um criminoso. E como se chama quem recorre a ação de um criminoso para atingir seu objetivo igualmente criminoso? Não há defesa para quem cometeu esse crime, só mesmo o xilindró, e a autoridade que não tomar as devidas providências poderá ser acusada de prevaricação.

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