Diz o Sindicato dos Médicos: "há desrespeito aos médicos e aos pacientes"
Segundo o presidente do Sindmed, Alberto Toshio Oba, os médicos estão sobrecarregados. Profissionais que se aposentam, pedem exoneração ou cumprem licenças não são substituídos. Muitas vezes, mesmo com horas extras, as escalas não são inteiramente cobertas.
A questão das horas extras também é problemática. Cada médico tem um limite estabelecido, que não pode ser superado. Os profissionais reclamam também que o banco de horas não funciona, já que pela equipe contingenciada não é possível fazer compensações. “A situação é realmente crítica. Na própria maternidade, no período da tarde, a escala contempla apenas um plantonista pediatra. Como fica esse profissional nos momentos em que ocorrem dois, três partos simultâneos? O que temos visto nas visitas às unidades de saúde é um grande desrespeito aos médicos e à população”, avalia Toshio Oba.
E as inconformidades vão muito além. Médicos que precisam se cotizar para comprar móveis e utensílios para a sala de descanso, não recebem refeições. Plantonistas não tem sequer um local para lavar pratos e talheres das refeições que precisam ser trazidas de casa.
Calma, doutores, lá pra março a burra vai estar cheinha de dindim. Aí voltarão as horas extras e até plantões à distância. Ainda mais depois que os médicos cubanos já voltaram para seu país…