Kim, o que você considera como política e representatividade para propor um candidato à presidência?
Coluna Pequena Londres, por Walace SO
Realmente o Brasil não é para amadores, ou como já dizia Tim Maia “chama o síndico!
O MBL (Movimento Brasil Livre) quer virar partido político e lançar Danilo Gentili à presidência em 2026. Se o próprio humorista tivesse falado isso seria uma piada, daquelas de mau gosto tradicionais dele. Mas, como foi o deputado Kim Kataguiri, precisamos refletir e muito.
Afinal vivemos tempos estranhos e muito estranhos mesmo. O mundo virtual nos proporciona coisas “bizarras”.
E proponho refletirmos esse início de século XXI pelo contexto da “indústria” da desinformação (Fake News), apoiado por “megafones” da intolerância e ódio (canais da web e grupos de aplicativos), bem como a união perigosa de extremistas de partidos políticos com a religião (novo talibã) que desconstroem a verdade e a informação. E esse processo é o que chamamos de “pós-verdade”. Ele não é tão novo, porém resultou em estragos que se repetem desde a eleição de 2014, com a intensificação das redes sociais como instrumento da política por todo mundo.
Um ano depois, em 2015, o grande escritor Umberto Eco já propunha analisarmos esse fenômeno em uma palestra sua em que fazia uma crítica ao papel das novas tecnologias no papel da disseminação da informação. Em sua análise ela deu de forma perigosa a “palavra” a uma “legião de imbecis”, que enquanto estavam anônimos nas mesas de bares eram menos perigosos. E hoje temos a responsabilidade de refletir a falta de limite das redes sociais e suas distorções sobre o conceito de liberdade de expressão. E a proposta não é censurar, é refletir as consequências que todos estamos expostos.
Confirmando essa observação tivemos na última eleição a repetição de uma “nova” categoria, e o termo nova aqui se refere somente a idade, pois se mantém como expressão da mais velha política e ranço, que não representa a evolução da atualidade. São os tais “influencers” da rede que opinam sobre tudo e sobre todos, sem fundamento, respeito e bom senso escondidos pela defesa da “liberdade de expressão”. Claro, desde que seja somente a expressão daquilo que acreditam, e não da proposta do debate em sociedade. Misturando esses “jovens” com velhas raposas da política, mas todos orientados pela mesma bússola.
Aliás, uma geração perdida que não lê, não debate, não estuda não socializa e fica envelhecendo na frente da rede jogando games, esperando o refrigerante e a papinha que a mãe prepara para eles. A soma desses fatores resulta nesse tipo de propostas, de um deputado que surfou nas ondas das redes sociais nas eleições de 2018, eleito mais pelo voto sem consciência e movimento antipolítico que colocam a democracia em perigo.
Minha pergunta é básica, como pessoas ligadas a um movimento que tem deputados que fazem turismo sexual em zona de guerra; ou confundem o nazismo com minoria, propondo simplesmente que a sociedade o rejeite podem se considerar representantes de algo como um partido político? E o pior, que por esses fatos conhecidos por todos feitos pelos seus representantes, que aliás, estão em outros partidos políticos, demonstra completo desconhecimento histórico em sua infeliz trajetória como pseudomovimento. Que expressa no mínimo a falta de civilidade, bom senso e leitura.
Bora refletir agora, porque depois será tarde demais.
* Walace SO – Walace Soares de Oliveira, cientista social pela UEL/PR, mestre em educação pela UEL/PR e doutor em ciência da informação pela USO/SP.
Fascitoide como Bolsonaro, palhaço como Zelensky. Tem tudo para ser eleito na opinião do defensor da legalização do Partido Nazista no Brasil.
Um belo texto para reflexão, que se tornou algo exótico, estranho graças as redes sociais, que produziu realmente uma “legião de imbecis”.
A maioria das postagens no Facebook, Tik Tok, Instagram é lixo. É cada postagem boba, cada opinião sem um mínimo de reflexão, de coerência, de conhecimento. Só achismo. Nenhum fundamento. A mediocridade domina.
Políticos são reflexos de um tipo de eleitorado. Por isso, se elegem uma “legião de imbecis” enganadores, oportunistas, safados.
MBL ajudou a btar o PT de volta no poder e agora diz que precisa do povo pra tirar o PT do poder.
Olha, depois que o Kim se juntou com o PSOL pedindo o impeachment do Bolsonaro, pra mim o MBL se mostrou ser tão oposição ao PT quanto o PSDB era.
A partir do momento em que partidos políticos e justiça eleitoral, com a participação massiva e conivente de eleitores sarcásticos, elegem pessoas como o atual presidente, qual o problema em Gentili? O que lhe falta? Condenações anuladas de forma mirabolante? Se Tiririca pode Gentili também. Não terá meu voto mas que pode, pode.
Bora refletir? então tá. O idiota Bolsonaro FOI ELEITO DEMOCRATICAMENTE. Não com meu voto, mas foi. É direito de qualquer brasileiro livre votar e ser votado. Isso é democracia. A maioria escolhe. Houve fake news na campanha do Bolsonaro? creio que sim. Houve na do Lula? Também creio que sim. Poderá haver em uma futura campanha do Danilo? sem dúvida. a Justiça Eleitoral existe para coibir esse tipo de ação. Se não conseguir, há que se aprimorar. Se comprovado o ilícito, que se puna a parte. Mas querer vetar o direito de alguém se candidatar, ou desqualificar o candidato pq não joga no seu time, não tem nada de democrático.
Que se candidate. Se vencer, que se respeite, como a eleição de Bolsonaro tem que ser respeitada, como a de Lula tem que ser também.
Aliás, democracia também é alternativa de poder.
Por fim, se as opções forem Lula, Bolsonaro, e Danilo, sem dúvida fico com o último. não por opção, mas por falta dela.