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Editor:
Cláudio Osti

Chora, capitão, chora

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Por José Pedriali

Foi na Catedral da Benção

Na periférica Taguatinga

Em mais uma catimba

Que chorastes, capitão

A Covid matou dezenas

Centenas de milhares

E daí, não sou coveiro!”

Bradastes para os ares

Sem um soluço, capitão,

Sequer uma lágrima

Nem um voto de pesar

Ao lado de um caixão

Chega de mimimi!”

Foi teu brado retumbante

O conselho de um farsante

Conversa pra boi dormir

Fizeste da cloroquina seu hino

Passaste por curandeiro:

Não foste de fato coveiro

E sim cruel assassino!

E agora, chegando a hora…

Choras, lamentas e esperneia

Por causa da tornozeleira

Suprema humilhação!”

Tentaste, reconheça, capitão

Por meio de golpe de estado

Apoderar-se da nossa Nação

Manipulando o povo abestado

Para evitar o inevitável: prisão

Afrontas nossa soberania

Com a ajuda do gringo bufão

Isso sim, SUPREMA VILANIA!

O capitão chorou, chorou

Tadinho dele, tadinho

O imbrochável brochou

De valentão a coitadinho

 

Chora, capitão, chora

Pois está chegando a hora…

É em vão seu mimimi

Numa cela vais dormir

(Por muitas e muitas e muitas noites…)

Foto de Cristiano Mariz/O Globo

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