Por José Pedriali
Foi na Catedral da Benção
Na periférica Taguatinga
Em mais uma catimba
Que chorastes, capitão
A Covid matou dezenas
Centenas de milhares
“E daí, não sou coveiro!”
Bradastes para os ares
Sem um soluço, capitão,
Sequer uma lágrima
Nem um voto de pesar
Ao lado de um caixão
“Chega de mimimi!”
Foi teu brado retumbante
O conselho de um farsante
Conversa pra boi dormir
Fizeste da cloroquina seu hino
Passaste por curandeiro:
Não foste de fato coveiro
E sim cruel assassino!
E agora, chegando a hora…
Choras, lamentas e esperneia
Por causa da tornozeleira
“Suprema humilhação!”
Tentaste, reconheça, capitão
Por meio de golpe de estado
Apoderar-se da nossa Nação
Manipulando o povo abestado
Para evitar o inevitável: prisão
Afrontas nossa soberania
Com a ajuda do gringo bufão
Isso sim, SUPREMA VILANIA!
O capitão chorou, chorou
Tadinho dele, tadinho
O imbrochável brochou
De valentão a coitadinho
Chora, capitão, chora
Pois está chegando a hora…
É em vão seu mimimi
Numa cela vais dormir
(Por muitas e muitas e muitas noites…)
Foto de Cristiano Mariz/O Globo














1 comentário
antonio gonçalves filhos
Esse cara merece ser esculachado, ah, merece!