Cesar Silvestre, Requião, Ratinho Jr e o chacoalhão no bambuzal da campanha no Paraná

A saída do presidente do Podemos, César Silvestre (foto), para ingressar no PSDB e ser candidato ao governo do Paraná pelo tucanato chacoalhou o bambuzal no Palácio Iguaçu.

Ratinho Jr havia se reunido recentemente com a presidente do Podemos nacional, a deputada Renata Abreu e outros líderes do partido e encaminhado um acordo branco para que o Podemos não lançasse candidato ao governo e, em troca, o governador apoiaria mais uma reeleição de Alvaro Dias.

Pior, para esta reunião Silvestre, então presidente do partido no Estado, não foi convocado. Tipo assim, trairagem mesmo.

Ratinho, que vinha nadando de braçada quase sozinho na piscina, agora vê mais gente nas raias vizinhas, e gente com potencial para conquistar espaços importantes.

Vejamos. Requião, três vezes governador do Paraná, nunca pode ser subestimado. Ele tem fiéis seguidores em todo o Estado, e muita inserção entre os servidores públicos.

Silvestre foi deputado estadual e duas vezes prefeito de Guarapuava. Tem muita moral na região sudoeste do Paraná. O PSDB, apesar do estrago que sofreu nos últimos anos, ainda é um partido com ramificações em todo o Estado que estão sendo reavivadas pelo ex-governador Beto Richa.

Além dos dois, outros candidatos devem aparecer.

Um deles pode ser Silvio Barros, ex-prefeito de Maringá. Nos bastidores rola a conversa de que o presidente Jair Bolsonaro, por enquanto órfão de palanque no Paraná, pressiona para que o irmão do deputado Ricardo Barros saia candidato no Estado e garanta-lhe pelo menos um caixotinho para ele subir e discursar.

Não duvidem que essas novidades possam provocar um interessante segundo turno nas próximas eleições.