Ação da PF prende delegado envolvido em execução de delator do PCC
A Polícia Federal (PF) prendeu em São Paulo, na manhã desta terça-feira (17), sete pessoas, inclusive um delegado e três policiais civis, na chamada Operação Tacitus. O trabalho envolve 130 policiais federais, apoiados pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo Ministério Público, para dar cumprimento a oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de Bragança Paulista, Igaratá, Ubatuba e na capital.
Em nota, a Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo afirmou que a operação busca desarticular organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública (corrupção ativa e passiva).
A ação acontece no âmbito das investigações sobre a execução do delator Vinícius Gritzbach, em 8 de novembro, no aeroporto de Guarulhos. O esquema criminoso envolveria manipulação e vazamento de investigações policiais, venda de proteção a integrantes do PCC, além de lavagem de dinheiro para a organização criminosa.
Todos os alvos da Operação Tacitus teriam sido delatados por Gritzbach, por envolvimento em corrupção. O delegado detido é Fábio Baena Martin, juntamente com os investigadores Eduardo Lopes Monteiro, Rogério de Almeida Felício, Marcelo Ruggieri, Marcelo Bombom e mais três pessoas. Um policial, Rogério de Almeida Felício, ainda está foragido. Os demais presos são Ademir Pereira Andrade, Ahmed Hassan e Robinson Granger de Moura.
A defesa do delegado Baena considerou a prisão abusiva, mas disse que só se pronunciará após ter acesso aos autos do processo. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Corregedoria da Polícia Civil está acompanhando a operação e que colabora tanto com a Polícia Federal quanto com o Ministério Público.
Conforme o Ministério Público, “os investigados, de acordo com suas condutas, vão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais, cujas penas somadas podem alcançar 30 anos de reclusão”.
O nome Tacitus foi escolhido pela PF por significar, em latim, “silencioso” ou “não dito”, em referência ao modo de atuar da organização criminosa.
Engraçado… A Polícia Civil comandada pelo governador bolsonarista não sabe nada sobre seus membros que têm ligação com o PCC? E a Polícia Militar, também comandada pelo bolsonarista Derrite, se preocupa mais em jogar suspeito ponte abaixo do que combater o PCC com o vigor necessário? Pelo menos o paulista pode contar também com a Polícia Federal. Ainda bem…
Mortes pela polícia por estado, taxa por 100.000 habitantes
(janeiro a outubro de 2024)
Amapá: 17,64
Bahia: 10,86
Sergipe: 6,55
Pará: 6,33
Mato Grosso: 5,82
Goiás: 5,32
Rio de Janeiro: 4,25
Tocantins: 3,50
Alagoas: 2,68
Paraná: 2,64
Rio Grande do Norte: 2,33
Mato Grosso do Sul: 2,23
Ceará: 2,03
Espírito Santo: 1,90
São Paulo: 1,79
Acre: 1,23
Paraíba: 1,30
Roraima: 1,17
Maranhão: 1,13
Rio Grande do Sul: 1,11
Santa Catarina: 1,03
Amazonas: 0,95
Minas Gerais: 0,84
Piauí: 0,74
Pernambuco: 0,58
Distrito Federal: 0,52
Rondônia: 0,34
https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/a-pm-de-sao-paulo-e-a-mais-letal-do-brasil
Estranho mesmo……quando irão se dedicar ao combate a violência policial?
Pelo jeito só depois que encerrarem o combate a violência policial nos estados governados pela oposição……..até lá, que venham as narrativas…….
Se alguém quiser uma avaliação perfeita da PM paulista, leia este artigo publicado no UOL, dia 10/12/2024:
“Citados por Tarcísio, números mostram PM mais violenta, não mais eficaz”.
É só a PM de SP que é violenta? Claro que não. Em alguns estados, maus policiais militares fazem o que querem. Houve até um governo federal recentemente que incentivou a violência policial baseado em um discurso de ódio. Todos sabem a que governo estou me referindo. Policiais militares gostosamente engordavam motociatas para receber um ótimo lanche acompanhado de refrigerante top, não, pão com mortadela e tubaína obviamente. Eu conheci um PM correto, que fazia parte de um órgão de controle interno da PM. Ele sofreu tantas ameaças de policiais investigados que não aguentou a pressão e teve de se mudar da cidade onde morava com toda a família. Preferiu viver.