Coronavirus e as verdades políticas

Por Mário César Carvalho

O romance de Júlio Verne intitulado “O Farol do Fim do Mundo”, publicado inicialmente em 1905, foi ambientado em uma ilha localizada precisamente no ponto onde as águas quentes do oceano Atlântico se encontram com as águas frias do oceano Pacífico.

O enredo gira em torno da importância de um farol no meio de uma trama que envolve entre heróis e piratas. Isto porque a luz que ele produzia e que iluminava o terreno à sua volta, permitia que os heróis soubessem onde os piratas se escondiam para lhes armarem emboscadas.
Falando de Covid, por todo o mundo pesquisadores e cientistas buscam incansavelmente, compreender não só a doença e seus efeitos clínicos sobre a saúde da população, mas, também, sobre os impactos econômicos e sociais dessa pandemia.

Verdade é que entre teorias da conspiração, morcegos e pangolins, atualmente muito pouco se sabe sobre a origem dessa moléstia e todas as informações até agora coletadas sobre taxas de letalidade, potencial de transmissão, tratamento, efeitos ou sequelas no organismo dos infectados ainda são preliminares.
Contudo, em alguns lugares nesse mundo sem fim, algumas verdades sobre a doença já foram alcançadas. A primeira delas diz respeito à velocidade com que algumas coisas mudam.

Por exemplo: Certos medicamentos que não faziam nenhum efeito no tratamento, de repente, da noite para o dia, passam a fazer. Da mesma forma que algumas pessoas que são infectadas, de forma supersônica, em uma semana já estão de volta ao trabalho sem qualquer sinal de abatimento físico.

Outras duas verdades são as de que o vírus se propaga muito mais ao ar livre, do que em locais fechados e que os maiores agentes de propagação são os jovens teimosos, juntos com os insistentes peladeiros de final de semana. E por fim, a última grande verdade encontrada, é a de que o principal vetor de transmissão da doença é a cerveja.
Em tempos de eleição, que a figura do farol como fator de esperança, sirva também para iluminar o caminho a ser seguido por aqueles que, apesar de tudo, ainda se mantém de pé, “lutando bravamente para que seus mundos não cheguem ao fim do mundo”.

Mário César Carvalho é advogado e articulista dativo deste blog

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Um comentário

  1. Rebecca

    Que sejamos capazes de encontrar nosso farol norteador em meio a este caos que estamos vivendo. Parabéns pelo texto! Muito pertinente.

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