Londrina e os Patinetes
por Mario Cesar Carvalho Pinto
Novas iniciativas para facilitar a vida dos cidadãos são sempre bem-vindas, especialmente se combinadas com uma boa dose de otimismo desmedido. Muito boa ideia a dos patinetes aqui em Londrina. É ecologicamente correto e urbanamente racional, além de ser visualmente moderno. É bonito ver as pessoas se deslocando com aquelas maquininhas pelas ruas e praças da cidade. Dá uma sensação como se estivéssemos em uma grande cidade Europeia, ganhando em euros.
Não se discute que é preciso facilitar e humanizar a mobilidade urbana, mas, não podemos esquecer que não estamos em Barcelona ou Amsterdã e que aqui na Terra de Vera Cruz as coisas sempre são feitas como um tipo puxadinho improvisado o que faz com que qualquer ideia, por mais brilhante que seja, corra um grande risco de “virar várzea” no final.
Isto porque somos mestres em implantar projetos sem avaliar previamente quais serão os impactos que ele poderá causar. É aquela cultura que acredita que tudo vai se ajeitando conforme a necessidade – ou a falta dela. Afinal quem precisa de planejamento, né? O negócio é começar a operação e depois, conforme forem surgindo os problemas, a gente vai empilhando medidas de regulamentação até que tudo se forme em uma bagunça jurídica digna de um programa de reformas desenvolvido pela Turma do Chaves.
É como se cada administrador (gestor para os moderninhos) fosse aquele vizinho que de repente resolve construir algo novo em sua propriedade, tipo uma janela voltada para sua piscina, sem consultar ninguém. “Vamos fazer uma lei aqui, adaptar ali. Ah! E não se esqueçam do mais importante: O pacote de medidas para aplicar multas em quem desobedecer inúmeras ordens que serão criadas para “organizar a sociedade”.
E quem vai fiscalizar? Quem? Claro que será a mesma fiscalização que verificou se aquela janela do vizinho podia ser construída, antes dela ser construída. Surgiu um problema? Apliquemos o famoso “jeitinho”, que transforma qualquer problema em algo maleável e adaptável conforme o momento.
Na verdade não importa se o puxadinho está torto, se a fundação é fraca ou se a construção já tem um monte de rachaduras. O que vale é que as promessas foram cumpridas e no mais a gente segue empurrando com a barriga, esperando que a casa não desabe. Até porque, convenhamos, quem precisa de um sistema bem estruturado quando se tem criatividade e o bom alvará do jeitinho?
Não importa se já faz uns anos que lá em Paris e Londres eles já abandonaram a ideia da micromobilidade. Londrina é mais!
Nem bem começou e o promissor projeto do patinete aqui em Londrina começa a lembrar mais um puxadinho: algo feito sem pensar nas consequências no cotidiano da cidade já que facilmente se pode vivenciar no dia-a-dia das ruas londrinenses garbosos pilotos de todas as idades andando sobre as calçadas, fazendo transeuntes pularem para o lado, ou nas ruas, na contramão do fluxo de trafego assustando motoristas, como se estivessem em uma versão maluca de Mario Kart.
Senhor Alcaide, Oh! Diga-nos por favor: Onde e como os patinetes podem ser usados? Mesmo que no apagar das luzes, promulgue uma lei que vise “proteger vidas”, disciplinando o uso das maquininhas…..sem jeitinho….por favor!
Mário César Carvalho Pinto é advogado, professor de direito e colaborador do blog
https://temlondrina.com.br/transito/mulher-fica-ferida-apos-cair-de-patinete-eletrico-no-centro-de-londrina/
bom, eu concordo com o ponto de vista do escritor deste texto, porém muitas pessoas no qual eu vi que caíram e se machucaram com esses patinetes cometeram erros bobos, foram fazer uma curva muito fechada com o patinete estando em piso molhado, tentando passar por buracos ou até escadas com o patinete, coisa que a própria empresa jet, deixa claro para não fazer… e muitas pessoas, se não a grande maioria nem sequer dedica alguns minutos para aprender a conduzir esses patinetes, que na verdade são bem simples… ou muito menos tentam ver as dicas e observações de uso e segurança contidas no aplicativo jet quanso se loca um aparelho desses.
Para londrina falta mesmo auxilio da prefeitura para melhorar as calçadas, melhorar o monitoramento de trânsito e também ter pelo menos ciclovias para tanto ciclistas quanto usuários desse tipo de patinete elétrico, tanto próprio quanto os da JET.
PARABÉNS PARABÉNS PARABÉNS, comentário pertinente, esse é o presente de despedida do sobrinho do tio Bila.
A Resolução do Contran (junho/24) permite a circulação de patinetes em áreas destinadas a pedestres ( calçadas/calçadao), porém estabelece velocidade máxima de 06km/h e delega às prefeituras e órgãos de trânsito a tarefa de regulamentar a circulação e velocidade dos mesmos nas vias (ruas/avenidas). A pergunta que não quer calar: Tem as prefeituras/órgãos as mínimas condições de fiscalizar o cumprimento das normas estabelecidas?? Penso que não!! Já vi patinetes na contramão nas ruas e quase fui atropelado na calcada da rua Paranagua por um condutor em elevada velocidade executando manobras zig/zag.! Onde fica a segurança do cidadão????
A famosa síndrome de vira lata do brasileiro. Impressionante.
Oba! Estamos nos sentindo em uma Europa, só falta agora ganharmos o nosso suado dinheirinho em Euros 💶💶 !!!!!🤪😁😁