Mauro Cid presta novo depoimento à Polícia Federal sobre suposta tentativa de golpe
O tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), compareceu à sede da Polícia Federal em Brasília nesta segunda-feira (11) para prestar um novo depoimento.
A expectativa é que ele forneça informações no inquérito que apura uma tentativa de articulação de um golpe de Estado, em 2022. O depoimento teve início por volta das 15h.
O ex-braço direito de Bolsonaro já fechou acordo de delação com a PF – os termos ainda são mantidos em sigilo. Por isso, é comum que seja chamado para prestar novos esclarecimentos conforme o avanço das investigações.
Os investigadores esperam que o depoimento de Cid esclareça ou reforce pontos das declarações do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes.
Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), em Brasília, nesta quinta-feira, 24. — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Segundo informações já divulgadas da delação de Mauro Cid, que ainda está em sigilo, o general Freire Gomes participou das conversas sobre a minuta do golpe com o então presidente – mas se recusou a aderir a qualquer aventura golpista, irritando os militares aliados de Bolsonaro, como o general Braga Netto.
Em mensagem a outro oficial, Braga Netto, então candidato a vice na chapa de Bolsonaro, xingou Freire Gomes por ele não se juntar a uma tentativa de intervenção militar, segundo mensagens obtidas pela Polícia Federal.
Pia direitinho ou vai perder os benefícios da delação premiada. Só vai ter de detalhar umas explicações porque o celular já contou tudo o que aconteceu nos quatro verões do ex-presidente da mão grande, aquele que mandou militar ir buscar um colar com três mil diamantes retido na Receita Federal. Canta aí pro delegado, tenente.
Velho Bolsonaro vai parar no xalindro por causa desse cara. Anota aí.
Também por causa desse cara…
Bolsonaro deve ir pro xilindró porque violou uma lei assinada por ele, a Lei 14.197, no artigo 359, itens L e M, artigo que trata da abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Bolsonaro deve ir pro xilindró não só porque é um golpista barato, mas porque está sendo investigado por uma Polícia Federal independente e eficiente, sob o respaldo de um Procurador-Geral e de um ministro do STF que não se intimidam com os dentes arreganhados dos neofascistas e dos evangélicos fundamentalistas.
Realmente a pá de cal no enterro do Bolsonaro está sendo colocada igualmente por algumas mãos de militares. Além do tenente-coronel Cid, temos o general Gomes Freira e o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior.