O mando paraguaio na Itaipu

As águas do lago de Itaipu já foram mais calmas na divisa entre Brasil e Paraguai. O contra-almirante Anatalício Risden, diretor geral da usina binacional por parte do Brasil, foi escalado pelo ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque para a renegociação do Anexo C do Tratado com os paraguaios, que vence em 2023.

Contratou como assessor um almirante da reserva que, segundo consta entre gabinetes, centraliza informações. O Ministério de Relações Exteriores chamou especialistas em Direito Internacional. No Congresso, o deputado federal Gustavo Fruet (PDT-PR) apresentou um Projeto de Lei específico para a renegociação e elaborado por técnicos da binacional – a Comissão de Minas e Energia da Casa escolheu o deputado Filipe Barros (PL-PR) para relator.

O resultado surgiu há dias, com audiência pública, e todos descobriram perplexos a necessidade de tantas consultorias. Relatos oficiais indicam que o Brasil não tem autonomia do seu lado e tudo na gestão deve ter aval dos paraguaios.

Relatos de gestores indicam que o Governo do Brasil não tem autonomia na gestão, e tudo deve passar pelas mãos dos paraguaios, que se acham donos

https://istoe.com.br/a-ciencia-vai-mal/

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Um comentário

  1. Campos

    Primeiro: o Anexo C do Tratado de Itaipu não tem nada a ver com gestão. Trata-se de relação comercial, de compra e venda da energia produzida. Segundo: como o Brasil pode ter autonomia na gestão se a “empresa” Itaipu tem dois sócios? Bem, sociedade é um sistema com 100% de chances de dar encrenca. A sociedade, em seu início, tinha mais chances de acontecer sem problemas. De cada lado da mesa se encontravam dois ditadores militares: Alfredo Stroessner e Garrastazu Médici. Então foi fácil, em 1973, sair esse acordo. Hoje vai ser diferente. Cada país tem seus próprios interesses. Encontrar um ponto que agrade aos dois vai ser difícil. Sem contar que o Brasil acabou de privatizar a energia no Brasil. Mas de uma coisa todos podem ter certeza. Esse papel que vai ser produzido na Câmara Federal irá para a lata do lixo. Isso aí não terá o menor valor nas negociações bilaterais entre Brasil e Paraguai. Será trabalho custoso (e lá vai mais dinheiro para assessorias especializadas) e inútil. Só servirá mesmo para campanha eleitoral dos deputados.

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