A má educação de quem deverá educar

Generalizar sempre é um risco muito grande. E é o que o atual Ministro da Educação, aliás neste caso bem pouco educado, o colombiano de Londrina Vélez Rodríguez fez em entrevista à revista Veja quando disse que o brasileiro é “um canibal” que “rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo”.

Além de usar o termo “canibal” de uma incorreta, o colombiano esquece-se de que há, em qualquer país do mundo, inclusive na terra natal dele, a Colômbia, pessoas mal educadas. Daí a generalizar é um erro grosseiro. Mais ainda ao falar dos moradores do país que o acolheu e deu-lhe cidadania e do qual, momentaneamente, é ministro.

Pois bem. O deputado Alessandro Molon, segundo O Globo, vai protocolar um requerimento para que Vélez Rodríguez seja ouvido em plenário sobre sua entrevista à Veja. O deputado, que já conseguiu mais de 171 assinaturas, explicou: “São declarações inaceitáveis de um ministro estrangeiro que é naturalizado e não respeita os brasileiros.”

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8 Comments

  1. Satanás

    O que se pode esperar de um olavete? Nada além do que é esse ministro colombiano: um desastre para a Educação do país.

  2. Osvaldo Vicente Costa

    Se fosse tão competente estaria na Colômbia,fazendo sei lá oque .
    Acho certo os deputados pedirem uma explicação para ele,pois se um brasileiro falasse isso dos Colombianos morando lá,seria preso.

  3. Décio Paulino

    Enquanto o ministro da Educação, olavete assumido, fica espalhando asneiras, é a ministra da Goiabeira, digo, da Mulher, Família e dos Direitos Humanos que vai lançar a Medida Provisória permitindo o homeschooling no Brasil. Segundo essa medida provisória, os evangélicos fanáticos não precisarão mandar seus filhos à escola que poderão ficar em casa estudando a bíblia e não se misturando com os ímpios.

  4. Ingrato, aquele que possui falta gratidão.

    Um lixo de pessoa se referir a nós brasileiros dessa forma. Precisa se retratar. Aquele que discordar e concordar não é brasileiro. Temos muitos problemas. Porém, não se faz necessário um Vizinho dar pitaco aqui no país que o acolheu. Ele que ajude a resolver o narcotráfico, plantio de coca, assassinatos de líderes sociais pelas FARCs, desmatamento descontrolado, entre outras coisas. VADE RETRO SATANAS

  5. Valter Lucio Pádua - Professor UFMG

    HUMILDADE
    Senhor Ministro,
    Tomei conhecimento por diversos meios de comunicação que V. Exa. se referiu a brasileiros como sendo “canibais”, que roubam objetos de hotel e assentos salva-vidas de aviões. Senti-me pessoalmente ofendido com a fala de V. Exa. e imagino que a grande maioria dos brasileiros que tomaram conhecimento do fato estão igualmente indignados.

    Sei que V. Exa. não nasceu no Brasil e muito me preocupa imaginar que os brasileiros que conheceu o tenham feito ter uma impressão tão negativa de nós. Preocupa-me ainda mais pensar que para compor sua equipe no Ministério da Educação V. Exa. tenha convidado os brasileiros que o fizeram ter essa imagem do nosso Povo. Ao que parece, além de não conhecer os brasileiros honestos que viajam a trabalho ou a lazer, V. Exa. não teve oportunidade de conversar e dar a devida atenção a brasileiros que jamais andarão de avião e nem se hospedarão em hotéis, por não terem recurso para isso. Garanto-lhe, Senhor Ministro, que são pessoas maravilhosas! V. Exa. deveria conhecê-las e trabalhar arduamente para dar a elas educação gratuita e de qualidade, garantir a elas o direito de estudar numa Universidade, ao invés de dizer que o ensino superior deve ser para uma “elite”. V. Exa. acha que tem o direito de dizer quem faz ou deve fazer parte da “elite” intelectual deste País? Se se dedicasse a conhecer de verdade os brasileiros, conversando também com as pessoas mais pobres, V. Exa. iria se surpreender e se encantar com nosso Povo, iria descobrir que há pessoas não alfabetizadas que são muito mais inteligentes do que Ministros de Estado. Não confunda, Senhor Ministro, “escolaridade” ou “poder econômico” com “inteligência”.

    Fiz essa introdução, Senhor Ministro, antes de dizer que sou servidor público, professor universitário concursado, e que isso muito me orgulha. Como servidor, cabe-me ensinar a V. Exa., caso ainda não saiba, que temos o Código de Ética Profissional do Servidor Público Federal, Decreto n. 1171 de 22 de junho de 1994. No referido Decreto é citado que “(…) Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral (…)”. No mesmo Decreto consta como um dos deveres fundamentais do servidor público:

    (…) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral(…).

    Na minha modesta avaliação, V. Exa. está causando dano moral a todos nós brasileiros e demonstrando não ter nem preparo nem dignidade para assumir o nobilíssimo cargo de Ministro de Estado da Educação. Não o conheço, Senhor Ministro, mas caso seja do tipo de pessoa que tem arroubos autoritários, cabe-me citar mais um dos deveres fundamentais do servidor público, citado no Decreto n. 1171, que é “(…) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal”.

    Escrevo, portanto, sem nenhum temor, pois estou agindo em defesa do Povo brasileiro que foi ofendido por V. Exa. Cabe a mim essa atitude como servidor público. É esse Povo de quem V. Exa. tem uma imagem tão deturpada que paga nossos salários, é a ele que devemos dar satisfação, é para ele que devemos trabalhar, é dele que devemos cuidar.

    É sempre tempo de aprender, Senhor Ministro. Desejo que V. Exa. tenha humildade para aprender algo ao ler esta carta escrita por um servidor público vinculado ao Ministério da Educação. Espero também que outros servidores públicos a leiam e que não se intimidem por superiores hierárquicos que não honram o cargo que ocupam.

    Atenciosamente,

    Valter Lúcio de Pádua
    Universidade Federal de Minas Gerais
    Professor

    Carta postada mídia nacional

  6. Genildo

    Petralhas pirammmmmmm………

    1. Campos

      Genildo, será que dá pra comparar o comentário de um bolsonariano, isto é, o do senhor e o outro assinado pelo professor Valter Lúcio de Pádua, provavelmente um petralha do seu ponto de vista? Não dá, né? Seria humilhante… Principalmente para quem aceita ser chamado de “canibal” e “ladrão” passivamente. Sorry!

  7. Amor ao Brasil

    Genildo, você é brasileiro ou adora ser chamado pelos elogios que o cidadão ai fez aos brasileiros. Ame sua pátria primeiro antes de falar em cor partidária. Que merda. Não sou petista, votei no Bolsonaro e estou decepcionado com esse cidadão da Colombia.

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