Projeto de Requião Filho poderia ser trocado com fiscalização mais intensa
Olha só o que vem por aí. O deputado estadual Requião Filho (MDB) protocolou esta semana um Projeto de Lei que veda, no Paraná, a compra de mídia em veículos de divulgação que possuam em seus quadros diretores, parentes do Governador e de seu Vice, Secretários de Estado e Superintendentes.
A medida, óbvio, é para deixar de fora os veículos de comunicação pertencentes ao grupo empresarial do pai do governador, o multimilionário apresentador Ratinho.
Segundo Requião Filho, a ideia é resguardar o interesse público e a moralidade administrativa, diante da atual possibilidade de veiculação de propagandas oficiais do Governo em empresas do governador ou de seus parentes.
Mas, sem querer fazer defesa desta ou daquela emissora, o projeto tem alguns problemas.
Vamos lá, a Rede Massa/SBT no Paraná é vice-líder de audiência, ou seja tem um público muito grande que a acompanha. Os telespectadores ou ouvintes das emissoras de rádio do grupo Massa não teriam também o direito de receber essa propaganda? Não seria discriminatório?
Neste caso, excluindo o grupo de comunicação, os demais receberiam uma fatia maior do bolo.
Mais, não seria mais simples fiscalizar a distribuição de verba, que obrigatoriamente tem que ser através da mídia técnica – distribuindo os valores compatível com a audiência de cada veículo. Se houver favorecimento é só jogar no colo do Ministério Público.
Outra coisa, há a lei do nepotismo que também é um referencial para fiscalizar.
O certo mesmo é acabar com esse tipo de publicidade. Como também é um absurdo empresas como a Sanepar e a Copel fazerem propaganda intensa como fazem regularmente. Que interesse pode haver numa propaganda de uma empresa que não enfrenta qualquer tipo de concorrência? Conquistar o consumidor é que não é…