Tem hora que cansa...
Por Edson Vitoretti
Tem hora que a gente cansa de criticar. Porque criticamos, criticamos, e não acontece nada. Agora há pouco, vi reportagem na Globo aqui de Londrina sobre roubos de fiação elétrica. Há anos, acontece esse problema na cidade e não vemos solução nunca.
Na reportagem, a vítima disse o que todos sabemos, o que é notório: “Se tem alguém que rouba, tem alguém que compra. Não é possível que ninguém saiba quem compra”.
Aqui no meu bairro, diversas vezes já ficamos sem internet por conta de furto de cabos de telefonia (ou pelo corte de cabos de telefonia, já que estes não têm valor, mas como ficam juntos dos cabos elétricos nos postes, vão junto).
Na última vez que aconteceu, cheguei a conversar por aqui no Whats com três vereadores, questionando-os sobre o assunto. Blá-blá-blá, e nada, como sempre.
É lógico que precisa identificar ladrões e receptadores. Vai aqui uma sugestão: uma lei que obrigue a identificação de quem vende. Em transações de sucata, talvez restrita apenas ao cobre, acima de x quilos (não queremos também travar a vida daquele catador de latinhas que, às vezes moradores de rua, nem documentos têm), obrigatoriedade de apresentar o CPF de quem vende ao comerciante e do registro dessas transações por ele.
Assim, CPFs recorrentes de vendas volumosas seriam facilmente localizados e investigados. Inspeções rotineiras de fiscais da prefeitura ou da polícia poderiam flagrar o descumprimento das medidas pelos comerciantes, examinando os registros ou até se passando por vendedor para caracterizar o flagrante do descumprimento.
Seria a solução do problema? Talvez não. Mas com certeza inibiria bastante essa vergonha de roubos a fios elétricos, cabos telefônicos, tampas de bueiros e até portões de lojas que ocorrem na cidade.
Posso até estar sendo ingênuo nessa minha sugestão, mas, enfim, sou apenas um cidadão indignado. Não sou policial, vereador, técnico da prefeitura etc. A palavra está com vocês, caras autoridades. Resolvam!
O Prefeito não se interessa pelo assunto como Chefe maioridade Guarda. Era o caso de trocar o Secretário fraco e omisso.
Vale a queixa tbém ao Comando da PM na cidade.
Me recordo que no final da década de 80, inicio de 90, era comum encontrarmos presos cumprindo pena no antigo cadeião da rua Sergipe por furto. Com o passar do tempo extinguiu-se esse tipo de apenado. Crime de menor potencial ofensivo. O legislador e a justiça julgam que não havendo violência física contra a vítima, tudo bem, é só um crime banal, passível da compreensão social.
Os frutos dessa complacência com criminosos estão sendo colhidos hoje e pode acreditar, cada dia que passa esse fruto aumenta de tamanho.
O seu prejuízo individual é pequeno do ponto de vista do Estado mas o seu prejuízo somado ao de seus vizinhos, aos comerciantes do bairro, ao posto de saúde que deixa de funcionar, o prejuízo da creche, da escola somados são enormes para a sociedade e o Estado reconhece esse transtorno causado a sociedade mas seria uma atitude antipática resolve-lo da única forma possível.
Enquanto não se aplicar a tese da janela quebrada, mais e mais janelas serão quebradas.
-Que tal começar aumentando o efetivo da polícia civil, militar, federal? Porque as autoridades vivem dizendo que não tem efetivo suficiente. Lidam com quadrilhas, crime organizado.
-Que tal punir com mais rigor e pressa a propina nessas corporações. Porque acontece.
-Que tal acabar com a concentração de renda que gera a desigualdade social?
A verdadeira raiz do problema está na pobreza, na fome, na miséria. A miséria é fábrica de bandido.
Combate as drogas? Não né? Já sei, é pauta da esquerda, acertei?