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Cláudio Osti

Alerta Vermelho em Londrina: Quando Nossos Deputados Federais Viram as Costas para a Justiça Tributária

3 comentários

Por Marcelo Alvarez

A política brasileira é um palco de surpresas, mas algumas decisões do Congresso Nacional são capazes de nos deixar perplexos e, acima de tudo, preocupados com o futuro da nossa gente. Na última quarta-feira, a Câmara dos Deputados protagonizou um desses momentos ao derrubar a Medida Provisória (MP) 1303. Esta MP era uma tentativa do governo de buscar alternativas de arrecadação para evitar um aumento ainda maior do imposto sobre operações financeiras (IOF), buscando fôlego para as contas públicas e, segundo análises, aliviando a carga sobre o consumo para tentar buscar receita em outras fontes.

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A rejeição da MP 1303, com 251 votos contra 193, não é apenas um número frio; ela tem consequências concretas e, infelizmente, já conhecidas pela maioria da população: a manutenção de um sistema que favorece os mais abastados e a perpetuação de uma carga tributária que pesa desproporcionalmente sobre os ombros de quem menos pode pagar.

Riqueza Para Quem?

A Escolha dos Nossos Representantes de Londrina
Quando se fala em “medidas de arrecadação alternativas”, a expectativa é que o governo busque recursos onde há maior capacidade de contribuição. A derrubada dessa MP, portanto, impede que ocorra uma arrecadação de impostos maior de quem ganha mais, das pessoas mais ricas deste país.
E como nossos representantes de Londrina votaram nesse momento crucial? É fundamental que a população esteja ciente:
Luisa Canziani (PSD-PR) – Votou SIM pela derrubada da MP.
Filipe Barros (PL-PR) – Votou SIM pela derrubada da MP.
Diego Garcia (Republicanos-PR) – Votou SIM pela derrubada da MP.
• Lenir de Assis (PT-PR) – Votou NÃO à derrubada da MP.
Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) – Não Votou no processo.
Ou seja, a maioria dos deputados federais que representam nossa cidade de Londrina optou por barrar uma medida que poderia, em tese, equilibrar um pouco mais a balança tributária.

O Paraná De Costas Para a População?
Amplificando o cenário, o desempenho da bancada federal do Paraná é ainda mais desanimador:
• Apenas 7 parlamentares federais do Paraná votaram NÃO à derrubada da MP.
• 2 não votaram.
• 21 votaram SIM pela derrubada da MP.
Isso significa que uma maioria esmagadora de nossos representantes do estado optou por manter o status quo, preservando a atual estrutura de arrecadação que penaliza o trabalhador e o pequeno empresário. É lamentável que, infelizmente, a maioria da população nem sempre consiga analisar corretamente as implicações de votações como esta no seu dia-a-dia. A verdade é que a distribuição da carga tributária continua recaindo sobre os mais pobres, e a derrubada da medida provisória significa impedir que ocorresse uma arrecadação de impostos maior de quem ganha mais, das pessoas mais ricas deste país.

A Ladeira Abaixo e a Urgência da Vigilância Cidadã
O Paraná, que já foi referência em muitas áreas, parece, sob a ótica política, estar descendo uma ladeira. A decisão da Câmara Federal e a postura de nossos deputados locais refletem uma triste realidade: a de que muitos políticos parecem trabalhar de costas para os interesses reais do dia-a-dia da população. Eles vivem num mundo à parte, blindados das dificuldades que ainda enfrentamos em áreas como saúde, educação e segurança.
Há tempos se fala que a Câmara Federal virou um “sindicato de deputados”, onde interesses corporativos e pessoais muitas vezes se sobrepõem à representatividade genuína. Novos partidos surgem, e discursos de “geração de riqueza” pipocam, mas resta a pergunta: riqueza para quem? Se a prática demonstra que, na hora de mexer no bolso dos afortunados, a maioria vira as costas para a população, então é hora de questionar o real propósito de nossos eleitos.
A população de Londrina precisa, mais do que nunca, ficar atenta sobre como seus parlamentares estão votando. Não se trata de seguir bandeiras ideológicas de direita ou esquerda; trata-se de capacidade intelectual e moral para promover a tão falada justiça tributária neste país.
Nas eleições do próximo ano, teremos a oportunidade de decidir com certeza quem vamos mandar de volta para casa e quem vamos eleger para genuinamente defender os interesses da população que mais precisa. É hora de cobrar responsabilidade e exigir que nossos representantes trabalhem para todos, não apenas para os interesses dos afortunados. O futuro do Paraná e do Brasil depende da nossa vigilância e da nossa voz nas urnas.

Marcelo Alvares
Londrina

Veja a votação dos deputados do Paraná:Alerta Vermelho em Londrina: Quando Nossos Deputados Federais Viram as Costas para a Justiça Tributária

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3 comentários

  • Karina Mendes

    MINHA DEPUTADA LENIR DE ASSIS NUNCA ME DECEPCIONA

  • Zezinho da Silva

    Esses deputados que votaram pelo fim da MP foram contra a taxação das bets (um nome gourmet para o jogo do tigrinho), das fintechs, inclusive aquelas que lavavam dinheiro para PCC em São Paulo e dos milionários. Se defendem que ricaços paguem menos impostos, esses mesmos deputados defendem o chamado “estado mínimo”, um país com menos educação, saúde e segurança para o povão. Esses deputados são eleitos com votos dos pobres, mas financiados pelos milionários. Está na hora do povo acordar e eleger realmente que o defende. E não são esses deputados federais. Aliás, os mesmos que defenderam o fim da MP são os mesmos que votaram na PEC da Impunidade. Olho neles em 2026.

    • Victor Hugo

      Concordo plenamente com você “ZEZINHO DA SILVA”, as pessoas mais pobres, geralmente são as de menor capacidade intelectual, com baixa formação educacional, quando não analfabetos, são pessoas boas, cheias de sonhos e planos para melhorar suas vidas e de suas famílias e tornam-se presas fáceis, manipuladas por estes políticos carreiristas e que estão na política para defender exclusivamente seus interesses pessoais e corporativos. Por exemplo, o que Luiza Canziane conhece da dificuldade da vida? De ganhar salário mínimo? ser atendida em hospital público? estudar em escola pública? morar em casa da COHAB no CINCÃO? Conviver em regiões violentas de Londrina? Passar fome? Não ter opções decentes de entretenimento e lazer? Comprar uma geladeira parcelado em 12 vezes? e outras tantas dificuldades duras da vida real da maioria esmagadora das pessoas neste país? ABSOLUTAMENTE NADAAAAAA Nasceu e viveu na RIQUEZA, no LUXO, distante da realidade do povão, portanto, NUNCA vai conseguir ter capacidade de entender compreender o que é isso para poder defender valores que possam vir de encontro a conquista de uma vida melhor para esta gente, ela defende outros valores, aqueles que estão enraizados na sua cultura e modo de vida e para os pobres irá lançar um olhar de PENA, chamando-os de COITADINHOS, e irá dizer: “como estas pessoas sofrem”, e dará uma pequena esmola e vai imaginar que com isso, fez grande coisa e irá divulgar em suas redes sociais como sendo algo extraordinário. Olhando para tudo isso, difícil não lembrar das decepções de POLICARPIO QUARESMA – o protagonista do romance “Triste fim de Policarpo Quaresma”, de Lima Barreto.

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