Governo fecha acordo com Athletico e Prefeitura de Curitiba sobre convênio da Copa

da AEN

O Governo do Estado firmou um acordo com o Clube Athletico Paranaense e a Prefeitura de Curitiba, após deliberação favorável pelo Conselho do Ministério Público do Estado do Paraná e com apoio do Tribunal de Justiça, para encerrar o convênio tripartite para as obras da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014.

O acordo ainda será levado à homologação judicial e, depois, ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) no âmbito do processo 484473/2021.

Pelo acordo, o Athletico pagará os financiamentos concedidos pela Fomento Paraná via Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), que já chegam a quase R$ 600 milhões, segundo a lei 16.733/2010 e suas alterações, em até 20 anos, sendo parte de maneira imediata e o restante parcelado.

Seguindo o entendimento do TCE de que as obras extrapolaram o valor do convênio original, o Governo do Estado ainda pagará R$ 73 milhões, após autorização da Assembleia Legislativa, e a Prefeitura de Curitiba outros R$ 73 milhões, descontado o que o clube deve pelas desapropriações, via precatório requisitório, além de emitir títulos de potencial construtivo, espécie de título negociado no mercado imobiliário, que restaram do convênio de 2010, que também serão revertidos à dívida com o FDE.

Os pagamentos dos entes públicos serão feitos diretamente ao FDE.

Além disto, no acordo há previsão de que a dívida do clube retornará aos valores originais de multas e juros no caso de inadimplemento. Os pagamentos pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de Curitiba serão revertidos caso a decisão do TCE seja invalidada.

A Fomento Paraná, gestora do FDE, cobrava na Justiça o financiamento realizado pelo Athletico no convênio original. Com o acordo, o clube retirará os recursos do processo, que atualmente está no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Esse acordo encerra uma novela que ganhou diversos capítulos ao longo dos últimos 13 anos. Tudo começou com 2010 com a assinatura do convênio entre as três partes. O valor para as obras foi fixado em 2012 em R$ 184,6 milhões. O Estado custeou um terço em obras, via repasse de recursos para a Prefeitura, concretizando a sua parte do acordo original.

A Prefeitura expediria dois terços em potencial construtivo como garantia para o projeto e o Athletico pagaria o outro terço com o financiamento do FDE.

No decorrer do processo e com o aumento do valor da obra, que chegou a mais de R$ 340 milhões, as partes começaram a debater os termos do acordo original na Justiça e no TCE. Com a nova pactuação, o Athletico começa a quitar a sua dívida e os entes públicos também aportam recursos extras para encerrar o processo, seguindo determinação da Corte de Contas.

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Um comentário

  1. Genildo

    obras da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014″…….
    “ganhou diversos capítulos ao longo dos últimos 13 anos”………
    “O valor para as obras foi fixado em 2012 em R$ 184,6 milhões……..valor da obra, que chegou a mais de R$ 340 milhões.
    Justiça boa é a justiça rápida. Se fosse o Sr Amarildo, João ou José que tivesse desviado 8 sacos de cimento, certamente estaria cumprindo pena em regime fechado até hoje, no mais vamos trabalhar mais uns 4 anos para pagarmos mais essa conta. Parabéns aos envolvidos que não terão prejuízo.

  2. Recursos

    Os 398 municípios com 9 milhões de habitantes pagam por um time da capital que vende um jogador por 238 milhões de reais, o valor da dívida.
    Paranaense de Londrina e alhures são idiotas?

    1. Genildo

      Sim, somos idiotas desde quando começamos a bancar com o dinheiro de nossos impostos o subsídio que o estado dá para a tarifa de transporte da região metropolitana de Curitiba. E já faz tempo hein!

  3. Recursos

    .
    “…o Governo do Estado ainda pagará R$ 73 milhões, após autorização da Assembleia Legislativa…”
    Aqui os Deputados Estaduais vão trocar apoio e voto por ingressos das partidas?
    Os de Londrina basicamente não sabem exigir o mesmo valor para Londrina.
    Imagina Tercilio Turini, Tiago Amaral e Cloara Pinheiro negociando os 3 votos por 73 milhões para Londrina? Se deram para o Athletico Curitibano imagina?
    Cadê os advogados e OAB de Londrina para proporem ação popular, já que o advogado do Atlético Curitibano é o Luiz Fernando Pereira tesoureiro estadual da OAB 11 de Agosto?
    Cadê os Promotores do Paraná e que muitos usam bandeira do Atlético Curitibano na sala oficial por aí afora e na PGJ em Curitiba?

    “O Estado custeou um terço em obras, via repasse de recursos para a Prefeitura, concretizando a sua parte do acordo original.”
    Portanto que o Resto do Paraná tem que pagar por quem vende jogador e se dá o luxo de cobrar conta de superfaturamento de obra de estádio dos 398 municípios como Tamarana?
    https://ge.globo.com/pr/futebol/times/athletico-pr/noticia/2023/07/04/barcelona-acerta-contratacao-vitor-roque-e-atacante-fica-no-athletico-ate-fim-de-2023.ghtml

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