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Cláudio Osti

Números que assustam: 49 pessoas morreram em operações policiais em Londrina em 2024

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Por Nelson Bortolin/Rede Lume

Foto em destaque: Manifestação realizada dia 1 de março no Calçadão

O número de mortes decorrentes de intervenções policiais (MDIP) em Londrina aumentou 69% no passado. Foram registrados 49 óbitos durante ações das forças de segurança (Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal) em 2024 contra 29 no ano anterior. A informação foi repassada à Rede Lume pelo promotor de Justiça Ricardo Casseb Lois, que integra o Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp) do Ministério Público do Paraná (MPPR).

Números que assustam: 49 pessoas morreram em operações policiais em Londrina em 2024

No dia 22 de janeiro, o MPPR havia divulgado os dados estaduais, mas, devido a uma mudança de metodologia, o órgão ainda não tinha separado as mortes por município.

Proporcionalmente, o crescimento dos casos fatais em Londrina é bem maior que no Paraná. As mortes em todo o estado passaram de 348 em 2023 para 413 ano passado, o que representa um aumento de 19%.

“Nós já tínhamos a percepção de que as mortes voltaram a crescer no ano passado. Infelizmente, são estatísticas que nos assustam. Precisamos refletir sobre o que significa essa política de segurança pública que tem ceifado a vida de tantos jovens em nossa cidade”, afirma a representante do Movimento Justiça por Almas – Mães de Luto em Luta, Haydee Melo. O movimento reúne familiares e amigos de pessoas mortas pela polícia.

Ela reforça que a adoção de câmeras corporais pelos agentes de segurança é a principal medida que o Poder Público pode tomar para que haja uma redução na letalidade policial. “A gente vê pela experiência de outros estados onde as câmeras foram adotadas que as ocorrências diminuem.”

O movimento, segundo Melo, também reivindica que os agentes de segurança sejam obrigados a realizar exames toxicológicos periodicamente. E que o Estado realize forças-tarefas para investigar os casos de mortes decorrentes de atuação das forças de segurança.

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3 comentários

  • FERNANDO V MELO

    Em 2022 morreram 50, mais do que 2024 e o recorde está em 2020 com 58. Números altos mesmo, mas não dá para olhar só para 2024 e 2023.

  • Com tantas mortes, dá pra desconfiar que, por aqui, existe a PM 007, não pela coragem e pelo charme de James Bond, apenas pelo direito de matar.

  • Quinze já seria uma quantidade impressionante, pois se fôssemos comparar com uma população como a de SP, seria como termos 650 óbitos por lá, então, ou o Estado está violento e sem controle ou os criminosos estão partindo para os confrontos e assumindo riscos, agora, inocentes sendo liqüidados, é inadmissível, insustentável e isto deve encontrar meios seguros de jamais repetirmos pois supondo excessos, a Lei deve prevalecer acima de tudo e de todos.

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