O Plano Diretor de Londrina e o enguiço nas discussões

Das atrás aconteceu em Londrina uma audiência sobre o novo Plano Diretor da cidade. Estavam presentes o prefeito Marcelo Belinati, presidentes de entidades, vereadores, eleitores.

A prefeitura apresentou a proposta que pretende encaminhar para a Câmara de Vereadores. O texto deixou muita gente insatisfeita, mas muita mesmo.

O advogado e ambientalista Ricado Maruch, que vem acompanhando de perto as discussões comenta que o principal ponto divergente é a falta de estudos, desde ambiental até econômico. “O Projeto não apresenta proposta de fomento ao crescimento, não apresenta direção para a solução da questão industrial e pior cria uma barreira na Zona Sul onde as propriedades voltam a ser rural, com exceção de uma, o que é errado em qualquer cidade do planeta. As pessoas têm filhos, que precisam mercado de trabalho e moradia, não se pode obstruir o crescimento de uma cidade com a história de Londrina”, disse Maruch.

Outro ponto que anda pegando pesado, conforme Maruch, é a falta de transparência nas discussões. “A transparência não existe, o IPPUL tirou do site os mapas do plano em vigor assim ninguém pode fazer estudo comparado com a lei que vigora hoje, é covardia isto. Além do que as audiências públicas foram publicadas no Diário Oficial da cidade. Conhece alguém que abra o Diário Oficial para ver notícias? Muito mal direcionado, em audiência pública foi negado informação a delegado do Conselho Municipal da Cidade antes da votação, muita covardia tanta que dá outras impressões”, afirma.
“Os pontos principais de divergência residem exatamente na cidade que queremos, já que não podemos ter a de Platão temos como dever procurar melhorar as coisas e criar circunstâncias de desenvolvimento. Pois não
tenha dúvidas que se não tivermos arrecadação com o comércio e a indústria logo vem aumento de IPTU, o que as entidades querem é gestão sem casuísmo por que só uma propriedade é liberada para construir? Este projeto cretino quer impedir o crescimento horizontal da cidade, então como ficará o trânsito daqui há três
anos se apenas construirmos prédios?

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12 Comments

  1. Raul C Souza

    Em Araucária se proibiu prédios pois os donos das terras querem só loteamentos horizontais e não verticais.
    Não tem almoço grátis.
    Nem propina que chegue para as zr 3 é o escambau .
    Cadê o Ministério Público?
    Maruch propõe que as discussões sejam transmitidas on line.
    Muita coisa mudará.

  2. Ivan Carlos Oliveira

    Tal qual a aprovação da última planta de valores do IPTU a falta de transparência é que impera, não acredito que seja apenas incompetência, é má fé mesmo.

    Prefeito de m**** mesmo, simples assim.

  3. Chupim

    Cadê o desobservatório?
    Ele não observa mais a prefeitura que empregou o seu ex presidente?
    Observatório Social que nada.
    Caderno Social de jornal falido.

  4. CARVALHO

    a picaretagem continua, cade a policia……e o que nos resta.

  5. Londrinense

    Ambientalista que não defende o ambiente e sindicato das construtoras que não constroi nada nos últimos 20 anos…Tem coisa que só em Londrina. E desde quando o crescimento horizontal é sinônimo de crescimento econômico? O que querem mesmo é mais terra para especular…E especulação não é capitalismo. É o anticapitalismo. É empatar o capital que poderia estar sendo investido na reprodução do próprio capital…Verticalização é otimização do espaço, da infraestrutura instalada, redução das distâncias, mais área para a agricultura, mais área a ser preservada.

    1. ricardo maruch

      Este ambientalista é quem
      assina a primeira ação civil publica do estado e é fundador da ONG MAE, e vc fez o que?

  6. Carlos

    Tá certo amigo, bora espalhar a cidade e colocar as pessoas de baixa renda bem distantes dos centros urbanos, assim elas tem que sofrer sacolejando horas e horas nos ônibus para chegar ao trabalho, compras e lazer…

  7. ricardo maruch

    Ninguém está falando nisto, respondi por que o primeiro pedido que fiz foi sobre o Estudo de Impacto Ambiental que não foi feito ninguém sabe quais as populações, onde estão reclamo exatamente da falta de transparência e dos estudos oficiais, não tarefa de escola como juntaram, aliás já vi TCC melhor, mas a questão é esta como ter desenvolvimento sustentável sem desenvolvimento? Mostra aí na agenda 21 (por exemplo)…

    1. Carlos

      “Este projeto cretino quer impedir o crescimento horizontal da cidade”

  8. João Gabriel

    O blog ouviu a opinião de um crítico ao plano diretor, ok, bem interessante. E o direito de resposta dos profissionais do ippul, será que será dado? É o mínimo que se espera para se falar em imparcialidade.

  9. Ricardo Maruch

    vc não acompanha direito a primeira entrevista foi com um entusiasta e defensor do Plano agora fique tranquilo que eles responderão tim tim por tim tim …além do que é só publicar como eu e vc, acontece que só dá anônimo aqui rsrsrs

  10. Ricardo Maruch

    Por que Vocês nunca tem sobrenome? Não se preocupe que eles vão responder tim tim por tim tim e para as pessoas certas, agora é só publicar como eu e vc, tenho os filmes das audiências públicas onde se diz que discutiram o plano para fazer umas perguntas, será muito oportuno…

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