A Federação Paranaense de Futebol avançou

Se não tem sido uma Brastemp – não é merchan, é apenas referência à propaganda – a administração Hélio Cury, tem conseguido alguns avanços.

É a primeira vez na história que oito times do Estado participam das quatro divisões do Campeonato Brasileiro:  Atlético (Série A), Londrina, , Operário, Paraná Clube (B), Cianorte, Maringá e Foz do Iguaçu (D).

Também conseguiu adquirir uma sede própria.

Talvez o maior mérito da FPF seja não atrapalhar os clubes que querem trabalhar.

Vamos aos avanços contando um pouco da história da última década da FPF:

“Após o período de gestão de Onaireves Moura (ex presidente do Atlético Paranaense), interrompido ao final de 2007 com a decisão judicial de afastá-lo do comando da Federação Paranaense de , houve a posse do segundo colocado nas eleições da época – Hélio Pereira Cury.
A decidiu que ele deveria convocar em três meses novas eleições e assim o fez para março de 2018, quando venceu o candidato apoiado por Atlético Paranaense, Coritiba e o governador Roberto Requião, o ex presidente do Tribunal de Contas do Paraná e então Chefe da Casa Civil do governo do PMDB, pelo escore de 64 votos a 15.
A gestão de Helio Cury iniciou com a FPF endividada, sede indo a leilão por não pagamento de tributos federais e municipais e contribuições sociais como INSS e FGTS dos empregados e colaboradores. Além disso havia também a penhora do estádio Pinheirão, na região do bairro Tarumã. A Federação não possuia contas bancárias e as execuções trabalhistas não cessavam.
A casa foi colocada pacientemente em ordem – execuções foram extintas, dívidas pagas, a sede e Pinheirão foram a leilão por valores que puderam quitar suas dívidas com o e ainda permitir equilibrar as contas, certidões negativas foram obtidas e principalmente a regularidade e transparência das contas da FPF, bem como a mudança estatutária que permitiu a melhora da gestão do futebol paranaense.
Escândalos da arbitragem, tão comuns à época de Onaireves Moura, não foram tolerados e o quadro de árbitros foi melhorado, com cursos, renovação e escolha de dirigentes da Comissão de Arbitragem à altura do futebol do Paraná.
A escolha do para sediar a Copa do Mundo em 2014 e ainda a sede de um grupo em Curitiba, determinou a prorrogação do mandato dos dirigentes das entidades desportivas do país até o final da competição, por determinação da Confederação Brasileira de Futebol.
Em 2015 ocorreram novas eleições e Helio Cury novamente foi eleito pelos clubes profissionais e amadores além das ligas municipais inscritas, derrotando o ex comunista Ricardo Gomyde, apoiado pelo Atlético e Coritiba.
A segunda gestão de Helio Cury conseguiu equalizar todas as pendências da era Moura, comprar uma sede própria e ainda projetar o crescimento do futebol paranaense, que possui um campeonato regional dos mais antigos – desde 1915.
Os times do interior e Operário Ferroviário foram campeões paranaenses em 2014 e 2015 (o campeonato do Centenário), e puderam subir, com apoio da FPF, nas divisões do Campeonato Brasileiro – da Série D até a Série B.
Outras equipes puderam disputar os jogos do Paranazão de igual para igual – alcançando as semifinais: Foz do Iguaçu, Procopense, Cianorte, Arapongas, Nacional (Rolândia).
Com a edição de nova legislação do desporto brasileiro (Profut) houve adequação do estatuto, neste caso, as questões de transparência administrativa e fim de reeleições contínuas já estavam escritas no documento anterior da FPF.
As restrições para criação aleatória de clubes semi profissionais foi implementada desde a primeira gestão de Helio Cury, bem como a punição para clubes e dirigentes que deixem de cumprir com as regras de integridade e transparência, bem como das regras das competições pela FPF.
A Federação ampliou sua área de atuação para todas as formas de futebol masculino e feminino, incluindo modalidades como futebol de praia, futebol de salão e esportes eletrônicos de futebol.
A FPF reconquistou seu prestígio junto à , ampliando o número de árbitros que atuam nacionalmente, além dos que obtiveram insígnia da FIFA (incluindo uma árbitra), e principalmente os clubes que obtiveram calendário nacional anual – Athletico Paranaense, Coritiba, Londrina e Operário – passando ainda para as três vagas da Série D, que são definidas pelo Paranaense do ano anterior e pela Taça FPF Sub 23 – inédita competição que conta com participação de equipes profissionais da 1ª e 2ª Divisão do paranaense e premia o campeão com uma vaga na Série D, como Maringá e Operário, com transmissão pela TV Educativa do Paraná, aos domingos de manhã.
Isto possibilita que dos 12 times que figuram na primeira divisão do paranaense, 8 equipes estejam com calendário anual para jogadores, comissão técnica e também para as categorias de base e formação de atletas de alto nível.
O apoio incondicional da FPF servirá para as equipes que disputem a Série D deste ano, possam galgar acessos à Série C, possibilitando que mais um ou dois times paranaense obtenham calendário nacional, ampliando vagas para 10 clubes em todas as divisões do Brasileiro- de A a D.
As divisões amadoras do futebol paranaense contaram com o apoio integral da FPF e principalmente no mais tradicional dos campeonatos que é o de Curitiba, onde há duas categorias, e que disputam anualmente no adulto e juvenil.
É importante ressaltar o trabalho dos clubes amadores pelo Paraná afora, que revelam jogadores tais como Dione (ex Novo Mundo, hoje no Operário) e Thiago Cionek (ex Vila Hauer e Cuiabá, hoje na Seleção Polonesa).
Como bem destacou o ídolo paranaense Barcímio Sicupira ao entregar a taça que o homenageava no primeiro turno do Paranaense 2019 à equipe do Toledo: “Antigamente era impossível pensar num time do interior disputar de igual para igual com os times da capital e ser campeão.”
Diante desse cenário, haverá em Curitiba em fins de março a eleição da Federação Paranaense de Futebol, onde Hélio Cury poderá ser reeleito pela última vez, tendo na possível chapa de oposição Ali Tarbine (presidente do Sindiclubes de Curitiba) e Gilberto Ponce (ex presidente do Cincão Futebol Clube).”
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