Mercado mais do que milionário: hospitais podem ter cursos próprios de medicina

do G1

Atentos a um mercado que movimentou R$ 21 bilhões no ano passado, grandes hospitais particulares — como Sírio-Libanês (SP), BP (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e Rede D’Or São Luiz (RJ) — planejam abrir suas próprias graduações em medicina entre 2024 e 2027.

📈Contexto: Os grupos aguardam apenas diretrizes do Ministério da Educação (MEC) para darem continuidade aos processos burocráticos — as regras, que serão publicadas em um edital até 6 de setembro, serão as primeiras após 5 anos de “congelamento” de novas faculdades de medicina no Brasil. A ampliação de vagas estava vetada desde 2018.

⤴️Tendência: Essa prática de empresas entrarem no ramo de educação para formar profissionais também é observada no mercado de finanças e tecnologia — a corretora XP e o banco BTG, por exemplo, abriram recentemente faculdades e passaram a capacitar mão de obra.

Apesar do fim do veto, mercado ainda limitado

🧐Perspectivas: O edital do MEC, que sairá nas próximas semanas, estabelecerá tudo o que será exigido de qualquer nova faculdade de medicina no Brasil, levando em conta as necessidades do sistema público de saúde.

Só poderão ser abertas vagas em instituições de ensino nos municípios que, segundo o governo federal, tiverem estrutura adequada para aulas práticas (como leitos disponíveis) e carência de médicos.

Este último aspecto, que associa as vagas às necessidades do Mais Médicos e do SUS, é alvo de questionamentos jurídicos: a Justiça tem 220 pedidos de empresas que querem abrir cursos independentemente deste critérioO tema deve ser decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Vagas em cursos de medicina — Foto: Arte/g1

Vagas em cursos de medicina — Foto: Arte/g1

✏️Mais faculdades surgindo: boa ou má notícia?

 

Na área da saúde, com a baixa evasão de alunos nos cursos de medicina e as mensalidades elevadas (que chegam a R$ 12 mil), há um interesse crescente do setor privado em abrir novas vagas.

Diante desse aumento significativo de faculdades, há três desafios:

  • garantir a qualidade de ensino aos estudantes de medicina;
  • abrir cursos em regiões com leitos disponíveis para alunos fazerem as aulas práticas e a residência;
  • tornar a distribuição de profissionais mais igualitária entre os municípios (veja infográfico abaixo).

 

Houve aumento no número de médicos, mas de forma desigual pelo país — Foto: Arte/g1
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Um comentário

  1. Genildo

    O estado é falho em absolutamente tudo que deve prover a sociedade, saúde, educação, segurança publica e pior, falho e caro e agora tende a ser mais caro ainda que mais essa tentativa de ressuscitar o imposto sindical obrigatório, 3 vezes mais caro do que era anteriormente. Iniciativa privada tendo que suprir as falhas do estado e ainda tendo que pagar mais caro ainda.

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