do Congresso em Foco
A Corregedoria-Geral da União identificou duas irregularidades em repasses milionários do Ministério dos Direitos Humanos durante a gestão da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) para ONGs de fachada ao longo do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Uma das empresas era do secretário do ex-deputado Professor Joziel (Patriota-RJ), um dos principais aliados da ex-ministra.
De acordo com o Estadão, os repasses foram para duas empresas. A primeira, a Globo Soluções Tecnológicas, recebeu R$ 11,7 milhões em equipamentos diversos, como macas, computadores e ônibus. A sede cadastrada pela ONG na Receita Federal é apenas um barraco em Anchieta (RJ), sem registro de funcionários. Sua proprietária, Sara Vicente Bibiano, foi beneficiária do Auxílio Emergencial. A CGU inclusive ressaltou que não há comprovação de que o serviço contratado foi de fato prestado.
A outra ONG foi o Instituto Desenvolvimento Social e Humano do Brasil (IDSH), que recebeu repasses de R$ 13,4 milhões do governo entre 2019 e 2022. Entre os gestores da organização está Leandro Bastos Silva, que foi assessor parlamentar de Professor Joziel. O ex-deputado chegou a entregar R$ 3,8 milhões em emendas ao instituto, e recebeu apoio direto de Damares nas últimas eleições.
A verdade é uma só: em questão de corrupção, a direita tem know how infinitamente maior do que a esquerda. Logo é mais fácil combater a corrupção praticada por pseudo-esquerdistas do que por direitistas. Aliás, no caso do Brasil, a legislação anticorrupção foi implementada durante os governos petistas. Na época da ditadura, quem denunciasse corrupção governamental era tratado como subversivo e, em geral, acabava no pau de arara. Quem duvida deve estudar História.
Pena que o eleitorado não apresenta uma rusga de indignação com tantos atos de corrupção, que a imprensa está sempre veiculando.
E senão se indigna, não tem muito reflexo nas urnas.
Não passa de uma safada essa Damares. Corrupta.