Orsi vence eleição para a presidência do Uruguai

O candidato da oposição Yamandu Orsi venceu o segundo turno das eleições presidenciais do Uruguai, numa vitória que marca a volta ao poder do partido liderado pelo emblemático ex-presidente José Mujica.

Com 94,4% dos votos apurados, Orsi obteve nas eleições desse domingo (24) 1.123.420 votos contra 1.042.001 do adversário de centro-direita, Álvaro Delgado, de acordo com os resultados oficiais divulgados pelo Tribunal Eleitoral.

“Serei o presidente que apela repetidamente ao diálogo nacional para encontrar as melhores soluções, naturalmente seguindo a nossa visão, mas também ouvindo com muita atenção o que os outros nos dizem”, afirmou, em discurso aos apoiadores, o candidato da coligação de esquerda Frente Ampla, antigo professor de história.

O antigo veterinário, Álvaro Delgado, do Partido Nacional de direita, do presidente Luis Lacalle Pou, admitiu a derrota.

“Hoje, o povo uruguaio escolheu [aquele] que ocupará a Presidência da República”, declarou Delgado, dizendo que saúda Orsi em nome de “todos os membros da coligação [governamental]” que o apoiaram.

Yamandu Orsi venceu o primeiro turno, em 27 de outubro, com 43,9% dos votos, à frente de Delgado (26,8%), que, no entanto, contou no segundo turno com o apoio de Andres Ojeda, do partido de centro-direita Colorado, que ficou em terceiro lugar (16%).

A vitória de Orsi não constitui, no entanto, um presságio de mudança de rumo, uma vez que o presidente eleito prometeu, durante a campanha “uma mudança segura que não será radical”.

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Um comentário

  1. Victor Marquez

    Embora seja inútil dizer, mas vem da direita uruguaia um exemplo que deveria ser seguido no Brasil. Os dois direitistas derrotados na eleição do nosso vizinho, o presidente e seu candidato, tão logo saiu o resultado, se manifestaram reconhecendo a derrota de forma democrática e civilizada. Muito diferente do comportamento da direita brasileira, que, sob controle de extremistas de caráter claramente neofascista, não só não aceitaram o resultado eleitoral como tentaram (e continuam tentando) derrubar o governo eleito. E as eleições uruguaias deixam também um aviso para o criminoso Trump: não existe uma onda direitista na América do Sul. Melhor ele cuidar dos interesses de seu país do que alimentar sabujos em países alheios.

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