PF identifica que existem mais joias ligadas a Bolsonaro; dinheiro obtido com venda foi depositado nos EUA

do G1

A operação da Polícia Federal (PF) desta sexta-feira (11) identificou que existem mais joias que foram recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro na presidência da República que foram vendidas ilegalmente pelo esquema comandado pelos militares do Exército Mauro Lourena Cid e Mauro Cid , seu filho e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A venda ilegal dos presentes oficiais recebidos por Bolsonaro pode ter ultrapassado R$ 1 milhão.

Ainda, segundo a investigação, boa parte do dinheiro obtido com a venda das joias foi depositada em contas dos alvos nos Estados Unidos. E, depois, sacada lá mesmo em caixas eletrônicos.

São pelo menos três contas no BB Americas, subsidiária internacional do Banco do Brasil, na Flórida.

A PF também está compartilhando todo teor da investigação com o FBI, a polícia federal americana. Portanto, Jair Bolsonaro, Mauro Cid (ex-ajudante de ordens) e Mauro Lourena Cid muito provavelmente serão investigados nos Estados Unidos por eventuais crimes financeiros, como lavagem dd dinheiro e uso de conta bancária para ocultação de valores.

O FBI deve ir atrás também das empresas, lojas e pessoas que compraram as joias para saber se tinham conhecimento da ilicitude da origem dessas peças.

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (11) uma operação contra pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro suspeitas de tentar e até mesmo vender presentes recebidos por integrantes do governo durante viagens oficiais.

De acordo com a PF, ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Brasília (DF), São Paulo (SP) e Niterói (RJ).

TV Globo e a GloboNews apuraram que são alvos da operação:

  • tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro
  • Mauro Lourena Cid, também militar e pai de Mauro Cid
  • Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
  • Frederick Wassef, advogado que já defendeu Bolsonaro e familiares

Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que apura a atuação de uma suposta milícia digital contra a democracia.

Segundo a PF, os crimes apurados na operação desta sexta-feira são lavagem de dinheiro e peculato (desvio de bem público).

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Um comentário

  1. Décio Paulino

    E alguém acredita que o ex-presidente só roubou joias milionárias?

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