A política invade a escola
A proibição do gênero neutro tem sido pauta de discussão em diversas Câmaras Municipais pelo Brasil. O mais interessante foi que, em muitos municípios, foi o primeiro projeto apresentado pelo vereador assim que assumiu sua cadeira.
Do ponto de vista linguístico e gramatical, a neutralidade de gênero, é uma vertente recente das demandas por maior igualdade entre homens, mulheres e não-binários, e assuntos como este tem vindo à tona, após o STF considerar inconstitucional o projeto Escola Sem Partido.
Os postulantes que propõem a PL dizem que, a mesma, tem como finalidade preservar e conservar o português correto nas escolas e instituições. A “pauta de costumes” emergiu nos últimos anos e contribui, ainda mais para a polarização política. A educação no Brasil tem problemas que fogem a todas estas lutas ideológicas, e é subestimada quando o debate é desviado por interesses meramente políticos.
Em meio a pandemia, escolas fechadas, aulas online, e 4,3 milhões de alunos sem acesso a internet, temos um quadro desolador não só para educação, mas também, para o futuro profissional dos jovens do nosso pais.
Quando uma pauta “protecionista” como esta de gênero neutro é discutida em plenário, consumindo tempo e dinheiro do contribuinte, expomos o oportunismo dentro da política em abordar e propor temas, sem impacto imediato na educação, mas com viés autoritário que desrespeita as liberdades individuais.
A falta de prioridades na educação, em termos de recursos e mudanças efetivas nos municípios, só reforça a necessidade deste debate sair do campo ideológico e avançar para análises técnicas, para que um plano de ação realmente seja estabelecido. O mundo pós-pandemia apresenta vários desafios, e no Brasil, além do impacto econômico e social, a educação será um fator determinante para o futuro da nação.
Alesandra de Paula é professora e presidente do Podemos Mulher de Londrina
A escola foi invadida pela política durante a ditadura militar com as aulas de Educação Moral e Cívica.
A escola foi invadida pela religião quando, nos meus tempos de estudante, éramos obrigados a rezar o padre nosso e fazer o sinal da cruz. Mesmo que os estudantes não pertencessem a nenhuma seita religiosa ou frequentassem ritos de origem africana.
A escola era invadida invariavelmente, no período eleitoral, por candidatos da Arena ou por autoridades municipais do partido que apoiava a ditadura militar. Só depois de muito tempo que entendi que a escola era um espaço dominado pela ditadura militar e seus asseclas sem farda.
Aí chegou a democracia devagarinho e foi transformando a escola no que deve realmente ser: uma entidade laica como deve ser o Estado. E vai continuar assim se o país se cuidar e não deixar que ditadores tomem o governo, principalmente quando esses ditadores forem aliados de fanáticos e oportunistas religiosos.
Concordo em parte. mas o que a esquerda quer hoje é que a escola seja uma zona mesmo né?
Acho que o bom senso seria, “nem tanto cá, nem tanto lá”.
O fato é que biologicamente nascemos homem ou mulher.
Mas, o homem foi inventando, inventando, inventando………que na atualidade já se fala em jovens assexuados.
No futuro, como já vi muito em filmes de ficção científica, que muitas vezes vira realidade, a humanidade futura nascerá em laboratório.
Será que somos e nos tornamos realmente mais felizes para além da simplicidade da vida?
Duvido muito.