A conta da pandemia
de O Sul
A manutenção da taxa Selic pelo BC é apenas parte do script de um cenário temeroso. A grita do presidente Lula da Silva sobre a taxa de juro que pode frear o crescimento do Brasil é jogo para a plateia. Fato é que a conta da pandemia da Covid-19 chegou. O Brasil está endividado (mais de 65% da população ativa) e quase metade deles inadimplentes. A constatação entre portas dos banqueiros é de que o crédito facilitado nos dois anos da pandemia criou um problema maior. O mercado não reaqueceu a tempo de o boleto aparecer na mesa do cidadão. Bancos seguram o crédito para a bolha não estourar. Sinais aparecem na praça, como o pedido de recuperação de grandes empresas e o recuo forte da venda de carros no 1º bimestre.
Só no Paraná, bom mercado de automóveis, houve queda de 40% nos financiamentos de dois bancos.
Muito sensata a afirmação de que a conta da pandemia da Covid-19 chegou e essa conta é para Alemanha, EUA, França e todos os demais, inclusive o Brasil.
Achar que é um ser divino, detentor da fórmula mágica para a resolução de todos os problemas é um erro que pode quebrar o país.
Hora de aplicar, mais uma vez, a filosofia de vida muito usada em 2020/2021, um dia de cada vez, um dia após o outro e no final vai dar tudo certo.