Dossiês, maldades e tudo o mais na disputa pela vaga no STF
de O Bastidor
Campanhas ao Supremo não costumam ser bonitas, mas a disputa pela vaga de Ricardo Lewandowski desceu a um bueiro onde currículos seguem para morrer. Nele, vicejam dossiês mequetrefes. Em Brasília, nunca saiu coisa boa desse tipo de bueiro. Apenas quem nele habita se dá bem.
O principal alvo dos dossiês é o criminalista Cristiano Zanin. Não se trata de um personagem misterioso. O que ele fez nos últimos anos como advogado de Lula está a um Google de distância, caso a memória falhe. As suspeitas na operação Esquema S – sumariamente arquivadas por Gilmar Mendes – também. As razões que sustentariam a escolha de Zanin são igualmente nítidas. Se lealdade a Lula e ao partido é o único atributo que interessa verdadeiramente num candidato, a escolha será desleal com o país.
A questionável indicação de Zanin, porém, não justifica a livre distribuição de dossiês com ataques íntimos e familiares, que não têm qualquer relação com a qualificação do advogado para ocupar uma vaga no Supremo. Quem não trabalha com limites morais mínimos deveria ficar longe de articulações desse calibre.
O Supremo e o país ganhariam se a campanha pela sucessão de Lewandowski saísse do bueiro. A vaga não é do ministro nem do PT. Também não deveria ser de quem mora no subsolo.
Um comentário
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O dr. Cristiano Zanin conhece nossas leis pra caralho! Ele também tem personalidade própria. Não vai ser um pastor presbiteriano mais do que ministro ou um ministro néscio como os subalternos do presidente que os nomeou a ponto de serem chamados de “meus 20% do STF” pelo ex-presidente fujão.
Se Zanin conhecesse tão bem com as leis não teria entrado com mais de 433 recursos no STF e isso só no caso do tríplex. Se Zanin fosse um bom advogado teria provado a inocência do Janjo com no máximo 01 apelação, 01 agravo de instrumento, 01 agravo interno, 01 embargos de declaração, 01 recurso ordinário, 01 recurso especial, 01 recurso extraordinário, 01 agravo em recurso especial ou extraordinário e 01 embargos de divergência, enfim, o rito normal de um processo criminal levado a sério, sem chicanas. Se Janjo fosse inocente certamente teria sido absolvido, fato que não ocorreu, teve sua condenação anulada por amigos do STF por “erro” de CEP, nada mais que isso. Um erro que a Suprema levou 4 anos para detectar. A indicação de Zanin significa apenas que Janjo precisa de amigos no STF e que a indicação dele é apenas, meramente, um ato de gratidão aos serviços prestados e aos que ainda deverão ser prestados ao consórcio.
“A vaga não é do ministro nem do PT. Também não deveria ser de quem mora no subsolo.”
Quem pensa dessa forma não tem dignidade alguma, ainda mais depois de fazer campanha e votar no PT. Imaginar e querer que o PT se preocupe mais com a nação e com a democracia do que com seu projeto de poder na América Latina só significa a indignação de quem já foi descartado pelo sistema que ajudou alimentar.
Hoje, Lula e PT, já sabem que não precisam mais das Forças Armadas e nem do Congresso Nacional, basta o Judiciário, STF, STJ e TCU e todos seus problemas estarão resolvidos e Lula não vai vai sair do esgoto na hora de nomear o novo Ministro do STF.
Além dos milhões chupinhados dos cofres públicos que o Zanin faturou na defesa do Janjo com seus infinitos recursos, agora ganhará um cargo vitalício no STF com as mais altas regalias e salamaleques. Alguém por favor entre com uma proposta alterando os dizeres da bundeira nacional para “HIHI LEVEI VANTAGEM”, por favor.
O melhor foi um jornalista da CNN dizendo que essa indicação não tinha nada pessoal, que era apenas um reconhecimento do notório conhecimento legal do malandrinho.