Animal político’ Lula é engolido
Por Wilson Lima
Durante a sessão do Congresso, a oposição conseguiu compor uma legião de aproximadamente 320 deputados e 50, 60 senadores.
Lula foi engolido na terça-feira, 28, pelo Congresso Nacional. Engolido com gosto, sem cerimônia, sem misericórdia. Uma surra como poucas vezes se viu na história política brasileira. Uma derrota que revela o quanto o presidente está ‘nu’, sozinho, e com pouquíssima capacidade de reação junto a deputados e senadores.
Quando Lula foi eleito em 2022, o senso comum (e alguns setores da imprensa) apregoava aos quatro ventos que o petista iria conseguir desatar todo e qualquer nó no Congresso Nacional. Que bastaria uma boa conversa na Granja do Torto ou no Palácio da Alvorada, uma boa prosa e alguns quitutes para que os caminhos da governabilidade se abrissem como em um passo de mágica. Afinal de contas, Lula, com dois mandatos nas costas, teria a experiência que se exige de um líder em tempos tão confusos e estranhos.
Pois bem, a realidade se impôs. De uma vez por todas. E da pior forma.
“Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”
Lula, mesmo com o auxílio de sua tropa de choque, não somente viu seus principais vetos serem derrubados, como foi obrigado a observar, de camarote, a claque bolsonarista comemorar cada derrota do governo com o bordão: “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”.
Para quem não lembra, o Congresso derrubou dois vetos de Lula e acabou com a saída de presos – proposta esta relatada no Senado por Flávio Bolsonaro, filho do Jair Bolsonaro – e impediu o governo federal de financiar ações de movimentos que incentivam a invasão de terras (leia-se o MST) e, de quebra, ainda manteve um veto do ex-presidente Jair Bolsonaro para impedir a prisão de até cinco anos para quem for flagrado financiando ou disparando notícias falsas durante as eleições.
Do ponto de vista político-simbólico, essas derrotas foram mortais ao governo. Principalmente porque o ex-presidente Jair Bolsonaro – considerado pelo petista um neófito, um despreparado, um desarticulado – entrou diretamente na articulação política dessa sessão do Congresso. O bolsonarismo viu-se aliado ao Centrão e as orientações governistas foram seguidas por um universo de 120 deputados e 30 senadores; a oposição conseguiu compor uma legião de uns 320 deputados e 50, 60 senadores.
Base impotente
Lula tentou ganhar no grito, mas teve que se contentar com o silêncio de uma base diminuta e impotente.
Como dito acima: o que se viu nesta terça-feira foi a realidade dos fatos. O governo Lula não tem base no Congresso e agora é hora de o PT entrar no modo sobrevivência. O petista tem sorte que hoje o país não vive aquela convulsão política de 2014, 2015. Caso esse fosse o cenário, Lula seria defenestrado do Palácio da Alvorada. Mas, sem povo na rua, melhor deixar as coisas do jeito que estão.
Governo fraco é uma bênção para o Congresso. Deputados e senadores sabem disso. Por isso, melhor (para eles) deixar as coisas como estão.
Wilson Lima – colunista/O Antagonista
Lula é rocha firme do PT. Longa vida ao PT. Fera esse Lula .
Quá! Quá! Quá! O ministro do STF nomeado pelo Bolsonaro, o pastor André Mendonça, decidiu que essa lei não tem efeito retroativo. Quem já está cumprindo pena continuará tendo direito à saidinha. Quá Quá! Quá!
Lula é rocha firme do PT. Não me canso de elogiar. Agora, essa questão de ser vencido pelo congresso é relativo. Existem pautas em comum que passam com figa nas votações. Mas pautas de costume o governo petista diverge em grande parte em relação a direita. Mas nada disso vai apagar o brilho do Lula. Vai PT.
Que bobajada desse colunista reaça do site antipetista desde o nascimento. O bolsonarismo se aliou ao centrão para derrubar dois vetos do Lula e acabar com a saidinha no sistema prisional. O bolsonarismo e o centrão também se uniram para taxar as compras internacionais de até 50 dólares. Lula, que defende a isenção dessas compras, perdeu a queda de braço com Lira & bolsonarismo & centrão. E daí? Quem não gostar desse imposto que vá reclamar ao Lira e ao Bolsonaro. O Brasil vai continuar sendo inundado por mentiras com o patrocínio do bolsonarismo? Vai. Paciência. Mas é bom alguns bolsonaristas não comemorarem. Quando algum bolsonarista é considerado traidor, a campanha bolsonarista de fake news se volta contra ele. O que importa hoje é a economia estabilizada, o emprego crescendo, o investimento interno e externo, e isso tudo está indo muito bem.
O MP de Londrina se acomodou.
No passado muito barullho.
Atualmente é silêncio.
Mais parece ter como chefe o atual gestor.
Quem diria que, na questão da “saidinha”, Lula ficou ao lado do ditador-general Figueiredo! Verdade, quem regulamentou a “saidinha” de presos foi o ex-presidente João Figueiredo, quando assinou a Lei 7.210/1984. Quando a gente fala que o bolsonarismo quer devolver o Brasil à Idade Média, há quem duvide.
Lula não tá nem aí pra veto de saidinha, tá tomando café e andando pro Brasil, o que importa mesmo para ele é o cofre do tesouro nacional cheio pra poder fazer as licitações do tal do PAC e alimentar as empreiteiras amigas recuperarem o tempo perdido, afinal 3% é 3% né, quanto mais dinheiro melhor.
De toda forma……”Lula ladrão, seu lugar é na prisão”……KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
É PT no poder. Chora bolsonarista.
A única coisa remotamente positiva do mandato do Don Cachaçone é ver ele lidando com duas coisas com as quais não estava acostumado: não ter o controle da opinião pública, e não ter o controle do congresso e do senado.
Isso, e saber que ele enfiou seu grande feito de deixar a cadeira da presidência com mais de 80% de aprovação bem no meio do estado democrático de direito, e que a última memória que o Brasil terá dele é de um velho decrépito casado com uma periguete aspirante a influencer que dilacerou a cavidade democrática do brasileiro médio com impostos e mais impostos pra bancar o seu boleto com o centrão.